sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Lei da gestação de substituição

Estou chocada!
O Bloco de Esquerda propôs a seguinte alteração:
A gestante tem até 20 dias para se arrepender da sua decisão e decidir se quer ficar com o bebé ou entrega-lo aos pais.
What???
Como é que fazem uma proposta destas? Mas está tudo louco?
Quer dizer que um casal que precisa de recorrer a uma barriga de substituição para ter um filho, para além do sofrimento que isto causa por si só, ainda tem que viver 9 meses no medo e na insegurança de poder ficar sem o bebé porque no final de tudo a gestante pode rescindir o contrato que fez?
Espero que isto não vá para a frente. Caso contrário, vai causar muitos conflitos entre famílias em lutas prolongadas em tribunais e uma grande confusão.
Isto é brincar com a vida das pessoas!


quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Amamentação

Durante a gravidez, e ao contrário da maioria das mulheres, sempre que pensava na amamentação achava que era algo que não iria gostar. Nunca vi a amamentação como algo lindo, belo e cor-de-rosa. Mas, sabendo que é o melhor para os bebés, tinha o objetivo de amamentar. Embora, tivesse bem definido na minha cabecinha que iria fazê-lo se não me causasse grande stress e mal-estar. Nunca me imaginei naquele cenário de mastites horríveis e mamilos em sangue, a sofrer para proporcionar alimento aos meus bebés. Nem me imaginei a amamentar até 1 ou 2 anos. Atenção! Nada contra, muito pelo contrário! Admiro quem o faz. Simplesmente não é para mim. Até aos 6, 7 meses era o meu objetivo.
Para minha grande surpresa, assim que os pus ao peito adorei. Estava a alimentar os meus bebés com o meu corpo! Uau! A natureza tem coisas do caraças! Nunca pensei que fosse gostar de amamentar. Mas gostei e muito! Senti-me orgulhosa e sobretudo senti uma ligação tão forte com eles que me emocionou.
Felizmente nunca tive dores. O problema foi mesmo a logística e alguma insegurança também. O D. nasceu com o peso no limite e por isso era muito controlado. Se perdesse mais que 10% do peso teria que ficar internado. A B. nasceu com um bom peso mas perdeu 15% do peso nos primeiros dias. Saí da maternidade com indicação de LA após as mamadas de LM. Posteriormente, se tivessem a aumentar de peso poderia ir alternando: LA para um e LM para o outro. Desta forma garantia que estavam a ser bem alimentados e ia estimulando o peito a produzir leite. E mais tarde, poderia alimentar os dois a LM. Só que não...
Nas primeiras 6 semanas, enquanto o marido estava em casa era mais fácil, enquanto amamentava um, ele dava biberão ao outro. No fim, ainda pegava na bomba elétrica para tirar mais leite. Quando ele regressou ao trabalho e fiquei sozinha com os dois, foi mais complicado. Sentia-me insegura em dar apenas LM porque não sabia se quantidade de leite que saía era suficiente, por isso dava sempre LA depois. Ora, isto até se faz sozinha durante uns dias. Mas depois o cansaço vence-nos. Nunca consegui amamentar os dois ao mesmo tempo. Tinha que ser um de cada vez. Imaginem o que é dar de mamar a um, a seguir dar biberão e depois mudar fralda e por a dormir. Depois repetir tudo com o outro. Não sobra tempo para descansar! E foi assim que aos poucos fui diminuindo as mamadas e aumentando o número de biberões até que ficaram só a LA.
Fiquei triste porque gostava daqueles momentos com eles ao peito e porque lhes queria dar o melhor mas com gémeos e sem ajuda é realmente muito complicado conseguir fazê-lo.
Com os biberões ficou tudo mais fácil. Muitas vezes até dava aos dois ao mesmo tempo. Em 45minutos alimentava-os, punha-os a arrotar e mudava-os.
Claro que depois disto ouvi alguns:
- “ah e tal mas sabes que o teu leite é melhor para eles”
-“se quiseres mesmo e se te esforçares consegues”
-“o LA é cheio disto e daquilo que só faz mal”
-“vão sofrer mais de cólicas”
-“eu também tenho gémeos e também estou muito cansada mesmo assim consigo amamentar os dois”

Tudo isto, veio de mães 100% defensoras da amamentação exclusiva que conseguiram aquilo que eu não consegui. Sim, senti-me uma merda 😒 Uma merda de uma mãe preguiçosa, que não está para ter trabalho e andar com as mamas de fora 24 horas por dia e ainda mudar fraldas, dar banho, tratar da roupa, dar colo e mimo. Senti-me mesmo uma merda de mãe! Uma egoísta!
Curiosamente, estas mães ou tinham ajuda constante de outra pessoa ou tinham só um bebé. É muito fácil dizer que se consegue amamentar em exclusivo (e ainda tirar leite para armazenar) quando há a mamã ao lado para mudar as fraldas, dar colo, adormecer, tratar das roupas e ainda oferecer um prato de comida quente. Não foi nem é o meu caso.
Por isso, oh alminhas, vou cagar para o vosso dedo apontado, sim?




terça-feira, 27 de novembro de 2018

Vírus e bactérias

O grande mal das creches: vírus e bactérias.
Já sabemos que é normal apanharem tudo e mais alguma coisa quando entram para a creche. Muitos bebés juntos dá nisto. Mas é uma merda!
A B. andou com ranho no nariz e uma febrezita, nada por aí além. Mas o D. já foi ao serviço de urgência 3 vezes desde que entrou na creche e a última não foi nada simpática. Febres que não passam com paracetamol e uma tosse de cão que não o deixa comer nem dormir descansado. Nem a ele nem a nós. Fez uma bronquiolite lixada há 3 semanas e parece-me que está a caminho da segunda. 
Parece que vou ter de ir passar umas horinhas ali às urgências mais uma vez... só não queria nada que tivessem que colher sangue. O meu fofinho teve o azar de herdar as veias tímidas da mãe e tirar sangue não é nada simpático 😞 Da última vez foi picado 5 vezes até conseguirem uma veia decente 😭😭😭

sábado, 24 de novembro de 2018

Creche

Nossa! Não tinha noção que já não vinha cá há tanto tempo. Passa mesmo rápido.

Dia 1 de Outubro foi o primeiro dia de creche dos pirralhos, com 6 meses e meio. Nunca pensei que custasse tanto deixá-los lá. Saí da creche a sentir-me péssima, horrível! Estava a abandonar os meus bebés tão pequeninos com pessoas estranhas, pessoas que não os conheciam. Quem lhes ia dar miminho e colinho? Nunca me tinha separado deles até esse dia. Estiveram sempre comigo, todos os dias e todas as noites.
Ficaram todos felizes e bem dispostos com as educadoras e auxiliares. E eu... saí de lá um farrapo, com um vazio enorme. Que estava eu a fazer? Como fui capaz?
Para piorar o meu estado, ao sair reparei que o doudou do D. tinha caído na estrada e tinha sido atropelado 😭 Ao ver o doudou todo amassado cá fora fiquei ainda pior e com o coração apertado. Arrependi-me de imediato. Devia ter adiado a entrada na creche por mais uns meses, pensei.
Passei o dia todo com uma grande sensação de vazio e preocupação. Liguei 3 vezes à educadora porque fiz um grande esforço para me conter e não ligar de meia em meia hora.
Quando finalmente chegou a hora de os ir buscar não cabia em mim de contente! Queria ter os dois no meu colo, abraçá-los, beija-los, amassa-los! Mas eles nem me passaram grande confia. Estavam super bem dispostos, portaram-se muito bem e comeram muito bem. Bom... não sentiram a minha falta. Eu é que fiz um grande drama, claramente! 😒